terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A noite que não acabou























Começamos falando deste cartaz. Livro escrito pelo fotógrafo Nauro Júnior e pelo jornalista Eduardo Cecconi que relata os fatos ocorridos desde o trágico acidente do ônibus do Brasil de Pelotas em janeiro de 2009 e sua campanha no Campeonato Gaúcho do mesmo ano, que culminou no rebaixamento do time Xavante. A imagem captada por Nauro Júnior fala por si, um ônibus vermelho capotado num barranco, luzes do alto da estrada fazendo o socorro das vítimas, e uma lua tão impactante que mais lembra um portal. A tipologia compõe com o cenário, com os destroços, e ao mesmo tempo, ela não está acabada, como o próprio título do livro. Um trabalho ímpar, pela seriedade em não cair num sensacionalismo trágico, mas que não esconde as duras perdas ao qual somos acometidos. Ano de 2009.

Prêmio João Simões Lopes Neto de Artes Visuais























Uma das propostas desenvolvidas para o Prêmio, primeiro realizado dentro da Casa do Capitão relativo às artes visuais. Nenhuma semelhança é mera coincidência, visto que o próprio Simões deixou um legado não só na escrita mas também na produção visual de seus empreendimentos, como o cigarro "Marca Diabo". Esta proposta foi totalmente inspirada em uma das personagens presentes nos Contos Gauchescos, obra de Simões - Teiniaguá, princesa moura que recebeu feitiço e fora transformada em lagarto. Esta proposta surgiu da junção de imagens para representar essa mulher-lagarto, assim como trazer à vista certa representação da Salamanca do Jarau, lugar onde viveu aprisionada. Para isso, foi imprescindível o olhar conhecedor da pesquisadora Andrea Terra. De resultado final impactante, foi utilizada uma tipologia mais limpa pra compôr com e destacar a imagem. Ano de 2008.

Gafieira S.A. - IV























Cartaz da série "Gafieira S.A." do João Gilberto Bar e Champanharia. A imagem, retirada de um LP, determinou a estética do cartaz, compondo com cores e com uma tipologia relativa à época. O JG representa o lugar (João Gilberto), ao mesmo tempo que remete, junto a paleta de cor, a um aspecto "rótulo de uísque" como bem mencionou Thaís Filó. Ano de 2009.

Colóquio Internacional de Educação e Contemporaneidade























Cartaz para "Colóquio de Educação e Contemporaneidade" realizado pelo Grupo de pesquisa "Experimenta - Arte e Filosofia". Imagens sobrepostas partindo de uma mistura de corpo humano e mapa territorial, alusívo à proposta do encontro, de auto-invenção do ser e de metodologia possível, baseado nos escritos de Foucault e Deleuze.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Cartaz Helô






















Cartaz para festa de aniversário da Dj Helô. Composição das informações da festa caracterizada com a imagem escolhida. Ano de 2008.

Saltimbancos da terra de Aghascar























Cartaz para esquetes denominadas "Os Saltimbancos na terra de Agahscar" para o Teatro Escola de Pelotas. Baseado em "As mil e uma noites" e textos de Dino Buzzatti e Molière com adaptação de Valter Sobreiro Jr., Agahscar - nome criado por Barthira Franco para essa terra fictícia - a representação parte de uma fundição de inúmeras imagens que no todo representa universo um tanto que mágico e alegórico para essa terra, numa linguagem totalmente artística e descolada na composição destas imagens e no próprio tipo de letra, já que trata de saltimbancos. Lembra e muito a gama do universo cultural de nossa própria Pelotas. Ano de 2007.

A Mixórdia, de João Simões Lopes Neto























Sob coordenação de Andrea Terra na direção de arte, foram feitas reproduções de materias gráficos (cartazes, embalagens, rótulos e jornais de época) para a produção do filme "Contos Gauchescos - João Simões Lopes Neto nas telas", direção de Henrique de Freitas Lima, ano de 2006. Foi desenvolvida uma série de cartazes de peças de teatro escritas por Serafim Bemol e Mouta Rara. Assim como a Mixórdia, outros foram re-produzidos, como para a peça Os Bacharéis, assim como o rótulo acompanhado de embalagem para o famoso cigarro Marca Diabo (ou Diavolus), de criação de Simões Lopes Neto. De todos os cartazes presentes, este talvez seja o mais representativo no que se refere a pesquisa tipográfica.